A história do parto do meu bébé

Hoje já estou mais recuperada do parto, alguns pontos já cairam o que me permite sentar melhor e poder partilhar com vocês a história do parto do meu bébé.
Tal como previsto dei entrada na maternidade na quinta dia 17 de Abril pelas 09h40m, após fazer o CTG e o toque mandaram-me para um quarto pois iriam colocar-me a soro- a maternidade estava cheia, andei e andei pelos corredores com o meu marido a segurar no carrinho do soro pois eu não atinava com aquilo, por volta das 12h 30m as dores começaram a apertar e quanto mais caminhava mais as dores me custavam, o cateter do soro na mão também não ajudava nada, ainda mais quando decidiram trazer o almoço que era febras com esparguete, com um cateter na mão como é que eu ia cortar as febras ;-( e eu cheia de fome confesso, solução- com o pão fiz uma bifana :-). Por volta das 15h a minha médica voltou para me fazer o toque e aí rebentaram-me as águas, o que me custou imenso pois já estava cheia de dores, depois deram-me um buscopam- não sei para o quê e uma injecção para o colo do útero dilatar mais depressa, posteriormente foi um pesadelo, dores atrás de dores o meu marido super preocupado por me ver assim e eu agarrada aos lençois, quanto mais dores tinha acho que menos dilatação fazia pois passadas quase 2h de dores a dilatação era a mesma- 2 dedos :-(, não sei como mas passado pouco tempo do último toque, por volta das 7h 30m da tarde já estava com 4 centimetros foi aí que me enviaram para a sala de partos para me administrarem a epidural- na altura do meu menino grande não levei pois não aplicavam ainda, desta vez quis exprimentar para ver a diferença e foi só na altura em que me davam a epidural e me ligavam a 250 aparelhos que o meu marido não esteve comigo, o apoio dele foi muito importante para mim, a sensação depois da epidural foi a mais estranha que já senti pois fiquei com o corpo todo adormecido e cheia de comichão a enfermeira diz que é raro mas por vezes faz esse efeito e fez comigo :-(, até aos 7 centimetros não senti nada estava alí em plena conversa com o meu marido quando comecei a sentir as contracções não achei normal pois sempre me disseram que com a epidural não se sentia nada, mas não, é mesmo normal e a partir dali deixei de conversas e passei a voltar a sentir as mesmas dores de anteriormente ainda que confesso com um pouco menos de intensidade e foi no meio dessas contracções que comecei a sentir vontade de fazer força a médica disse que o bébé estava a querer sair, essa parte não vos vou contar pois foi muito complicada pois já não tinha forças , mas pronto tudo correu bem e o meu bébé nasceu ás 22h 21m no dia de anos da tia, colocaram-no em cima do meu peito e lembro-me de olhar para ele a chorar e pensar que Deus deu-me mais um tesouro. Dali para a frente depois de ser vestido e que lindo o fato, colocaram-no no colo do pápá- onde esteve o tempo todo muito atento a ouvir as conversas do pápá acerca do Noddy e do Bob, as enfermeiras riam-se, enquanto tratavam da mãmã. A partir dali o que mais me custou foi a estadia na maternidade, custou-me muito a falta de privacidade, de apoio, senti falta dos miminhos enquanto estava só, agarrava na mõazinha do meu bébé o só dizia que dalí a pouco tempo íamos para a nossa casinha, valeu-me as horas das visitas onde tive quase sempre os meus outros dois homenzinhos, mas depois voltava a solidão e sentia tanto a falta deles, que quando tive alta e saí por aquelas portas fora respirei fundo e pensei- "finalmente para casa". O meu marido chorou quando ficou rodeado pelos nossos meninos, o meu menino grande reagiu muito bem e disse logo que "o mano é o bébé mais lindo do mundo" e eu fiquei alí embevecida a ver os homens mais importantes da minha vida, sentindo-me verdadeiramente FELIZ só me apetecia gritar bem alto e dizer sou- A MULHER MAIS FELIZ DO MUNDO.
QUERO AGRADECER A TODOS AS ENFERMEIRAS E MÉDICOS NA MATERNIDADE DO HOSPITAL CENTRAL DE FARO QUE ME ASSISTIRAM PELO APOIO QUE ME DERAM E POR TEREM SIDO TÁO PRESTÁVEIS, FOI INESQUECÍVEL A FORMA COMO FOMOS TRATADOS, MUITO OBRIGADA A TODOS.